Expansão marítima e comercial


História  Moderna

Causa da expansão comercial - 15 minutos




A expansão marítima - 6 minutos

Resumo - Expansão marítima



Texto sobre expansão marítima

"A crise de crescimento do século XV

No início da Idade Moderna, surgiu um descompasso na economia europeia, entre a capacidade de produção e consumo na zona rural e na zona urbana. A produção agrícola no campo estava limitada pelo regime de trabalho servil. O resultado disso era uma produtividade baixa e, consequentemente, a falta de alimentos para abastecer os núcleos urbanos. Já a produção artesanal nas cidades era alta e não encontrava consumidores na zona rural, devido ao baixo poder aquisitivo dos trabalhadores rurais e ao caráter auto-suficiente da produção feudal.
Além disso, o comércio internacional europeu, baseado na compra de produtos orientais (especiarias, objetos raros, pedras preciosas), tendia a se estagnar, pois os nobres, empobrecidos pela crise do feudalismo, cada vez compravam menos essas mercadorias. Os tesouros acumulados pela nobreza durante as Cruzadas escoavam para o Oriente, em pagamento das especiarias. O resultado disso foi a escassez de metais preciosos na Europa, o que criava mais dificuldades ainda para o desenvolvimento do comércio.
A solução para esses problemas estava na exploração de novos mercados, capazes de fornecer alimentos e metais preciosos a baixo custo e, ao mesmo tempo, aptos para consumir os produtos artesanais fabricados nas cidades europeias. Mas onde encontrar esses novos mercados?
O comércio com o Oriente estava indicando o caminho. Os mercados da Índia, da China e do Japão eram controlados pelos mercadores árabes e seus produtos chegavam à Europa ocidental através do mar Mediterrâneo, controlado por Veneza, Gênova e outras cidades italianas. O grande número de intermediários nesse longo trajeto encarecia muito as mercadorias. Mas se fosse descoberta uma nova rota marítima que ligasse a Europa diretamente aos mercados do Oriente, o preço das especiarias se reduziria e as camadas da população europeia com poder aquisitivo mais baixo poderiam vir a consumi-las.
No século XV, a burguesia europeia, apoiada por monarquias nacionais fortes e capazes de reunir grandes recursos, começou a lançar suas embarcações nos oceanos ainda desconhecidos — Atlântico, Indico e Pacífico - em busca de novos caminhos para o Oriente. Nessa aventura marítima, os governos europeus dominaram a costa da África, atingiram o Oriente e descobriram um mundo até então desconhecido: a América.
Com a descoberta de novas rotas comerciais, a burguesia europeia encontrou outros mercados fornecedores de alimentos, de metais preciosos e de especiarias a baixo custo. Isso permitiu a ampliação do mercado consumidor, pois as pessoas de poder aquisitivo mais baixo puderam adquirir as mercadorias, agora vendi­das a preços menores.
A expansão comercial e marítima dos tempos modernos foi, portanto, uma consequência da crise de crescimento da economia europeia.

Outras condições à expansão marítima europeia

A expansão marítima só foi possível graças à centralização do poder nas mãos dos reis. Um comerciante rico, uma grande cidade ou mesmo uma associação de mercadores muito ricos não tinham condições de reunir o capital necessário para esse grande empreendimento. Apenas o rei era capaz de captar recursos de toda a nação para financiar as viagens ultramarinas.
Projeto de navios do período da Expansão
Eram enormes as dificuldades que tinham de ser superadas para navegar pelos oceanos. As embarcações tinham de ser melhoradas e as técnicas de navegação precisavam ser aprimoradas. No século XV, inventou-se a caravela. A bússola e o astrolábio passaram a ser empregados como instrumentos de orientação no mar, e a cartografia passou por grandes progressos. Ao mesmo tempo, a antiga concepção sobre a forma da Terra começou a ser posta em dúvida.
Seria a Terra realmente um disco chato e plano, cujos limites eram precipícios sem fim? Uma nova hipótese sobre a forma de nosso planeta começou a surgir: o planeta teria a forma de uma esfera.

Nessa nova concepção, se alguém partisse de um ponto qualquer da Terra e navegasse sempre na mesma direção, voltaria ao ponto de partida. O desejo de desbravar os oceanos, descobrir novos mundos e fazer fortuna animava tanto os navegantes, que eles chegavam a se esquecer do medo que tinham do desconhecido. Dois Estados se destacaram na conquista dos mares: Portugal e Espanha."

Referências Bibliograficas:

1 - ARRUDA, Jose Jobson. História Integrada - Vol 2 . São Paulo. Ática. 4ª Edição. 1997



Texto 2  sobre a expansão marítima 

EXPANSÃO MARÍTIMO COMERCIAL E REVOLUÇÃO COMERCIAL

Blog de alberici :História, EXPANSÃO MARÍTIMO COMERCIAL E REVOLUÇÃO COMERCIAL
     Com a crise do feudalismo houve a necessidade de expandir para novas áreas que oferecessem respostas para tudo aquilo que faltava na Europa.  Necessidades alimentícias, especiarias e principalmente prata e ouro para cunhar moedas já que havia uma maior monetarização e as minas da Europa estavam esgotadas.
     Após a expulsão dos mulçumanos os italianos dominaram o comércio pelo Mar Mediterrâneo, levando as especiarias orientais para o norte da Europa nas feiras de Champanhe e Flandes. No entanto, a crise do feudalismo começou a dificultar esse comércio pois os senhores feudais cobravam pesados impostos para permitir as caravanas de mercadores atravessarem suas terras, somando-se a isso havia constantes assaltos também encareciam os produtos para o consumidor final.
     Para os italianos a rota opcional para evitar a travessia terrestre pelo Europa, foi navegar pelo Oceano Atlântico, fazendo parada obrigatória em Lisboa para abastecimento. Assim, o porto de Lisboa se tornou um centro comercial por onde trafegava grande número de mercadores, comerciantes, marujos e especialistas em navegação. O resultado foi o desenvolvimento do porto e da cidade portuguesa que se tornou referência.
     Mas esse comércio ainda estava monopolizado pelos italianos, principalmente as cidades de Gênova e Veneza. Era preciso uma outra rota que eliminasse o Mediterrâneo para quebrar o poder comercial das mãos dessas cidades, barateando os produtos orientais para o restante da Europa. A resposta para a crise repousava ainda sobre a expansão.
Mas quem tinha condições de sair primeiro na odisséia das navegações pelo Atlântico? Um oceano repleto de história sobre monstros marinhos, um mar tenebroso e desconhecido.
     A França e a Inglaterra estavam na Guerra dos Cem Anos; A Espanha fragmentada nos reinos de Castela e Aragão; A Holanda, Alemanha e Península Itálica também fragmentadas em várias cidades-estados. Assim não havia entre esses um Estado forte capaz de promover a expansão marítimo-comercial desejada. Só portugueses estavam aptos no Séc XV para essa expansão.

Fatores que levaram Portugal a ser o primeiro na conquista do Atlântico e na expansão marítima

- Portugal foi o primeiro estado a se formar ainda no Séc XII, estando, portanto organizado mais cedo que os demais estados europeus;
- Portugal tinha a dinastia de Avis no poder. Esses reis haviam sido coroados com o apoio da burguesia marítima-comercial de Lisboa. Assim a coroa defendia os seus interesses e a eles se juntou para bancar as navegações. Desta forma o estado estava fortificado e com poder centralizado;
- A agricultura portuguesa não era próspera por isso havia uma grande concentração demográfica no litoral portuário que vivia do mar. Eram pescadores, marujos e especialistas em navegação.
- Visando a navegação, foi criada a Escola de Sagres reunindo especialistas e tudo que havia de melhor em técnicas marítimas. Foram desenvolvidos meios e aparelhos de navegação, assim como mapas e uma melhor cartografia.
     Na expansão os portugueses primeiro tomaram Ceuta, em 1415, e em seguida foram conquistando o litoral africano construindo feitorias e explorando o território retirando escravos, gêneros e demais riquezas que interessasse a Europa. Em 1488 Bartolomeu Dias conseguiu dobrar o difícil Cabo da Boa Esperança e, dez anos depois, em 1498, Vasco da Gama chegou as Índias.  Nesse projeto ilhas atlânticas também foram descobertas e ocupadas como a Ilha dos Açores.
     Foi dentro de projeto que Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil em 1500. Não se sustenta mas que a missão de Cabral foram somente chegar as Índias, fazer contato e retornar com um grande carregamento, mesmo sabendo que sua frota era de 13 navios com 1500 homens. Os portugueses já tinham notícias que haviam terras a oeste, não é difícil imaginarmos isso se até Colombo em 1492, chegou a terras que julgava ser erradamente as Índias.
     Isso também nos remete para outra análise sobre os tratados da época.

TRATADOS – Inter Coetera 1494 e Tordesilhas 1495

     Esses foram importantes tratados realizados entre Portugal e Espanha para dividir as terras recém descobertas com as navegações pelo Atlântico. O primeiro tratado para resolver a disputa entre os dois estados ibéricos, foi realizado pela Igreja Romana e chamava-se Burla Inter Coetera. Estipulava que tudo que se descobrisse até 100 léguas de Cabo Verde, pertenceria aos portugueses. Após essa linha imaginária tudo seria dos espanhóis.
     Insatisfeitos Portugal reclamou, e no ano seguinte conseguiram fazer o Tratado de Tordesilhas diretamente com os espanhóis, ampliando a linha para 370 léguas de Cabo Verde. Esse fato colabora com a idéia que os portugueses imaginavam haver novas terras banhadas pelo Atlântico para serem descobertas. O importante desses tratados foi a ação da diplomacia de ambos os estados que, pela primeira vez, dispensaram a ação da Igreja.

CONCLUSÃO

      Com o novo caminho para o oriente e as descobertas, o eixo econômico saiu do Mar Mediterrâneo e foi para o Atlântico, passando das mãos das cidades italianas para as portuguesas e espanholas. As minas da América do Sul trouxeram a prata e ouro de volta à Europa. Ampliou-se a monetarização enriquecendo a muitos, bem como expandiu o homem pelo globo com uma variedade de novos produtos que faltavam na Europa, o que permitiu uma verdadeira revolução comercial que, por sua vez, gerou acumulação de capitais preparando o capitalismo comercial e a futura revolução industrial.
Bibliografia: 

- VICENTINO, Claudio. História Geral. Rio de Janeiro, Scipione, 2007.



Questões sobre a expansão marítima e comercial

Lista Exercícios 1 - Expansão Marítima e Comercial

(Puccamp)                    Erro de português

Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
            (Oswald de Andrade. "Poesias reunidas". 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972)

1. Os versos descrevem um momento histórico ligado à
a) Expansão Marítima Européia.
b) Revolução Industrial Inglesa.
c) Crise do Antigo Regime.
d) Guerra dos Cem Anos.
e) Partilha Afro-Asiática.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Pucsp) "Já no século XIV a.C., os fenícios, excelentes marinheiros, detinham o monopólio do comércio de especiarias no Mediterrâneo, a tal ponto que elas foram chamadas de 'mercadorias fenícias'. (...) as especiarias partiram para Roma provenientes do Egito, no início do século II a.C. (...). A cozinha medieval usava carnes em excesso, e tanto para conservá-las como para dissimular seu gosto, quando em princípio de decomposição, apelava obrigatoriamente para as especiarias (...). Os cruzados apaixonaram-se pelas especiarias por volta do século XI, quando chegaram à Terra Santa (...)."
            adaptado de Fernanda de Camargo-Moro. "Veneza; O encontro do Oriente com o Ocidente". Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 37, 39, 49, 53.

2. A busca de especiarias não ocorreu apenas na Antiguidade e na Idade Média. No início da Idade Moderna, foi um dos motivos da
a) exploração do litoral do Pacífico na América.
b) intensificação do comércio no Mediterrâneo.
c) decadência das cidades italianas.
d) busca de novas rotas para as Índias.
e) hegemonia da frota naval inglesa.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa.

3. Em 1492 ocorreu um fato da maior importância histórica. Alguns historiadores consideram um "descobrimento", outros um "encontro de dois mundos." Referimo-nos à chegada dos europeus à América, sobre o que se pode afirmar:
(     ) a chegada dos europeus interrompeu o desenvolvimento das civilizações e dos povos que habitavam a América;
(     ) o contato entre os habitantes da América e os europeus provocou a mortandade de parte da população nativa resultando em uma das maiores catástrofes demográficas da história;
(     ) vários fatores impulsionaram o "encontro entre os dois mundos": o surgimento do estado moderno, a necessidade de alimentar uma população cada vez maior e as exigências do mercantilismo em utilizar ouro e prata como meio de troca;
(     ) Portugal fez-se pioneiro na expansão marítima e transformou-se numa potência superior à Espanha, tornando-se independente das monarquias francesa e inglesa;
(     ) na empresa da conquista associaram-se aos reis capitais de múltiplas burguesias.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Puccamp) Cultura dos almanaques

1. Como explicar ao meu leitor mais jovem o que é (ou o que era) um ALMANAQUE? Vamos ao dicionário. Lá está, entre outras acepções, a que vem ao caso: folheto ou livro que, além do calendário do ano, traz diversas indicações úteis, poesias, trechos literários, anedotas, curiosidades etc. O leitor não faz idéia do que cabia nesse etc.: charadas, horóscopo, palavras cruzadas, enigmas policiais, astúcias da matemática, recordes mundiais, caricaturas, provérbios, dicas de viagem, receitas caseiras... Pense em algo publicável, e lá estava.
2. Já ouvi a expressão "cultura de almanaque", dita em tom pejorativo. Acho injusto. Talvez não seja inútil conhecer as dimensões das três pirâmides, ou a história de expressões como "vitória de Pirro", "vim, vi e venci" e "até tu, Brutus?". E me arrepiava a descrição do ataque à base naval de Pearl Harbor, da guilhotina francesa, do fracasso de Napoleão em Waterloo, da queda de Ícaro, das angústias de Colombo em alto mar. Sim, misturava povos e séculos com grande facilidade, mas ainda hoje me valho das informações de almanaque para explicar, por exemplo, a relação que Pitágoras encontrou não apenas entre catetos e hipotenusa, mas - pasme, leitor - entre o sentimento da melancolia e o funcionamento do fígado. Um bom leitor de almanaque explica como uma bela expressão de Manuel Bandeira - "o fogo de constelações extintas há milênios" - é também uma constatação da astrofísica.
3. Algum risco sempre havia: não foi boa idéia tentar fazer algumas experiências químicas com produtos caseiros. E alguns professores sempre implicavam quando eu os contestava ou argüía, com base no almanaque. Pegadinhas do tipo "quais são os números que têm relações de parentesco?" ou questões como "por que uma mosca não se esborracha no vidro dentro de um carro em alta velocidade?" não eram bem-vindas, porque despertavam a classe sonolenta. Meu professor de Ciências fechou a cara quando lhe perguntei se era hábito de Arquimedes tomar banho na banheira brincando com bichinhos que bóiam, e minha professora de História fingiu que não me ouviu quando lhe perguntei de quem era mesmo a frase "E no entanto, move-se!", que eu achei familiar quando a li pintada no pára-choque de um fordinho com chapa 1932 (relíquia de um paulista orgulhoso?).
4. Almanaque não se emprestava a ninguém: ao contrário de um bumerangue, nunca voltaria para o dono. Lembro-me de um exemplar que falava com tanta expressão da guerra fria e de espionagem que me proporcionou um prazer equivalente ao das boas páginas de ficção. Um outro ensinava a fazer balão e pipa, a manejar um pião, e se nunca os fiz subir ou rodar era porque meu controle motor já não dava inveja a ninguém. Em compensação, conhecia todas as propriedades de uma carnaubeira, o curso e o regime do rio São Francisco, fazia prodígios com ímãs e saberia perfeitamente reconhecer uma voçoroca, se viesse a cair dentro de uma.
5. Pouco depois dos almanaques vim a conhecer as SELEÇÕES - READER'S DIGEST - uma espécie de almanaque de luxo, de circulação regular e internacional. Tirando Hollywood, as SELEÇÕES talvez tenham sido o principal meio de difusão do AMERICAN WAY OF LIFE, a concretização editorial do SLOGAN famoso: TIME IS MONEY. Não tinha o charme dos almanaques: levava-se muito a sério, o humor era bem-comportado, as matérias tinham um tom meio autoritário e moralista, pelo qual já se entrevia uma América (como os EUA gostam de se chamar) com ares de dona do mundo. Não tinha a galhofa, o descompromisso macunaímico dos nossos almanaques em papel ordinário. Eu não trocaria três exemplares do almanaque de um certo biotônico pela coleção completa das SELEÇÕES.
6. Adolescente, aprendi a me especializar nas disciplinas curriculares, a separar as chamadas áreas do conhecimento. Deixei de lado os almanaques e entrei no funil apertado das tendências vocacionais. Com o tempo, descobri este emprego de cronista que me abre, de novo, todas as portas do mundo: posso falar da minha rua ou de Bagdad, da reunião do meu condomínio ou da assembléia da ONU, do meu canteirinho de temperos ou da safra nacional de grãos. Agora sou autor do meu próprio almanaque. Se fico sem assunto, entro na Internet, esse almanaque multidisciplinaríssimo de última geração. O "buscador" da HOME PAGE é uma espécie de oráculo de Delfos de efeito quase instantâneo. E o inglês, enfim, se globalizou pra valer: meus filhos já aprenderam, na prática, o sentido de outro SLOGAN prestigiado, NO PAIN, NO GAIN (ou GAME, no caso deles). Se eu fosse um nostálgico, diria que, apesar de todo esse avanço, os velhos almanaques me deixaram saudades. Mas não sou, como podeis ver.
            (Argemiro Fonseca)

4. Considere o texto adiante.

"(...) aportei em Portugal, onde o rei dali entendia no descobrir ouro mais do que qualquer outro; [mas] em quatorze anos não pude fazê-lo entender o que eu dizia."
            (Carta de Cristóvão Colombo, escrita em maio de 1505. In: Janaína Amado e Luiz Carlos Figueiredo. "Colombo e a América". São Paulo: Atual, 1991. p. 25)

No contexto do renascimento do comércio europeu e das grandes navegações, o projeto de descoberta de nova rota marítima em direção ao Oriente, idealizado por "Cristóvão Colombo", suscitou várias controvérsias. A partir do texto e do conhecimento histórico, é possível afirmar que
a) a Coroa portuguesa aceitou, de imediato, o projeto de Colombo, contribuindo financeiramente para sua execução, desde que o mesmo se comprometesse a anunciar, com exclusividade, o descobrimento das regiões mineradoras.
b) Cristóvão Colombo recusou o financiamento proposto pela Coroa portuguesa, haja vista o interesse desta de obter 100% do lucro advindo do comércio ultramarino provindo das regiões descobertas.
c) Cristóvão Colombo preferiu aceitar o financiamento proposto pela Coroa italiana para realizar sua viagem em direção à América, em razão das preocupações exclusivamente econômicas dos reis de Portugal.
d) a Coroa portuguesa rejeitou o projeto de Colombo, uma vez que tinha investido recursos na rota do périplo africano, como alternativa viável para a conquista do mercado oriental.
e) Cristóvão Colombo esteve prestes a abandonar a execução de projeto de circunavegação, haja vista o desinteresse das Coroas portuguesa e espanhola por seu plano fantasioso e ultrapassado.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
(Ufpr) Na(s) questão(ões) a seguir, escreva no espaço apropriado a soma dos itens corretos.

5. No conjunto de importantes viagens e expedições marítimas dos século XVI, as quais chamamos de "Grandes Navegações", nota-se clara preponderância dos países Ibéricos. A esse respeito, é correto afirmar:

(01) As navegações do período se faziam com recurso exclusivo à bússola, uma vez que ainda não se havia iniciado o estudo da navegação astronômica, isto é, orientada através da observação dos astros.
(02) As embarcações adotadas pelos portugueses e espanhóis - as galeras - eram semelhantes àquelas utilizadas pelos navegantes genoveses e venezianos.
(04) Por sua localização geográfica, Portugal tornava-se particularmente indicado para promover explorações marítimas: seu litoral se encontra a meio caminho entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte, e bastante próximo da costa africana e das ilhas atlânticas.
(08) Tanto Portugal quanto Espanha podiam contar com o apoio financeiro de vários comerciantes às expedições, interessados em reatar relações diretas com o Oriente desde a queda de Constantinopla (1453).
(16) A Espanha entrou com relativo atraso na disputa com os portugueses pela descoberta de novas terras, em função de sua luta contra os muçulmanos pela reconquista de territórios ibéricos.
(32) A precoce centralização monárquica, a consolidação do poder central e a aliança com uma nova classe mercantil possibilitam a Portugal desde o início do século XV estimular a expansão comercial e as expedições marítimas.

soma = (           )

6. (Fuvest) Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que objetivava:
a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima.
b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional.
c) impor a reserva de mercado metropolitano, por meio da criação de um sistema de monopólios que atingia todas as riquezas coloniais.
d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias.
e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da Invencível Armada de Felipe II, da Espanha.

7. (Cesgranrio) O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente,...
a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.
b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.
c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias.
d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da América.
e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia.

8. (Ufpe) Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa, portanto pioneiras nos grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações portuguesas e as espanholas, no que diz respeito a esses descobrimentos.

1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras do Canadá.
2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488.
3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em 1498.
4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra iniciada em 1519, por Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à Espanha em 1522.
5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente Americano com as Índias.

Estão corretos apenas os itens:
a) 2, 3 e 4;
b) 1, 2 e 3;
c) 3, 4 e 5;
d) 1, 3 e 4;
e) 2, 4 e 5.

9. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que:
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas para a manutenção do empreendimento.
b) a conquista da Baía de Argüim permitiu a Portugal montar uma feitoria e manter o controle sobre importantíssima rota comercial intra-africana.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de grande rede de abastecimento de escravos para o mercado europeu.
d) o domínio português de Piro e Sidon e o conseqüente monopólio de especiarias do Oriente Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510, aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos africanos, quanto nas praças brasileiras.

10. (Faap) Em apenas uma alternativa é falsa a correspondência entre a data e o fato importante:
a) 1315 - Tomada de Ceuta (Início das Grandes Navegações)
b) 1434 - Gil Eanes chega à Índias
c) 1471 - Os portugueses chegam ao Equador
d) 1488 - Bartolomeu Dias chega ao Cabo da Boa Esperança
e) 1498 - Vasco da Gama chega às Índias

11. (Faap) Em apenas uma alternativa é falsa a correspondência entre a data e o fato importante:
a) 1380 - Tárik, chefe muçulmano, invadiu a Península Ibérica
b) 1385 - Batalha de Aljubarrota com a vitória dos portugueses contra os espanhóis
c) 1415 - Queda de Ceuta e início da expansão portuguesa
d) 1498 - Vasco da Gama chegou às Índias
e) 1500 - A expedição de Cabral chegou às costas do Brasil

12. (Unesp) Sobre os jesuítas, intimamente relacionados com a expansão européia e a realidade colonial, é correto afirmar que:
a) foram expulsos de Portugal e do Brasil no reinado de D. José I.
b) respeitaram as culturas alheias, mas fizeram da educação uma das tarefas menos constantes na América, na Ásia e na África.
c) a Ordem dos Jesuítas nunca foi reconhecida pela Santa Sé e pelos monarcas absolutos.
d) deliberadamente buscaram aniquilar os guaranis catequizados.
e) foram indispensáveis na luta contra-reformista, mas não estavam sujeitos a um modelo de organização hierarquizada militarmente.

13. (Cesgranrio) Com a expansão marítima dos séculos XV/XVI, os países ibéricos desenvolveram a idéia de "império ultramarino" significando:
a) a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do capital mercantil;
b) o estabelecimento das regras que definem o Sistema Colonial nas relações entre as metrópoles e as demais áreas do "império" para estabelecer as idéias de liberdade comercial;
c) a integração econômica entre várias partes de cada "império" através do comércio intercolonial e da livre circulação dos indivíduos;
d) a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas coroas e sobre tudo e todos situados no interior desse "império";
e) a junção da autoridade temporal com a espiritual através da criação do Império da Cristandade.

14. (Puc-rio) Leia as afirmativas a seguir sobre a expedição de Pedro Álvares Cabral, que saiu de Lisboa em março de 1500:

I) A missão da esquadra era expandir a fé cristã e estabelecer relações comerciais com o Oriente, de modo a trazer as valiosas especiarias para Portugal; desta maneira, reunia num mesmo episódio os esforços da Coroa, da Igreja e dos grupos mercantis do Reino.
II) Chegar às Índias através de um caminho inteiramente marítimo só foi possível após o longo "périplo" realizado pelas costa africana, durante o século XV, por diversos navegadores portugueses, cujos expoentes foram Bartolomeu Dias e Vasco da Gama.
III) A viagem expressou a subordinação da Coroa portuguesa à Igreja Católica, na época dos descobrimentos, já evidenciada quando o Papa estabeleceu a partilha do Mundo Novo, em 1494, através do tratado de Tordesilhas.
IV) Era objetivo da viagem tomar posse de terras a Oeste, de modo a assegurar o controle do Oceano Atlântico Sul e, consequentemente, da rota marítima para as Índias.

Assinale a alternativa que contém as afirmativas corretas:
a) somente I, II e III.
b) somente I, III e IV.
c) somente II, III e IV.
d) somente I, II e IV.
e) todas as afirmativas estão corretas.

15. (Ufmg) Leia o texto.

E aproximava-se o tempo da chegada das notícias de Portugal sobre a vinda das suas caravelas, e esperava-se essa notícia com muito medo e apreensão; e por causa disso não havia transações, nem de um ducado [...] Na feira alemã de Veneza não há muitos negócios. E isto porque os Alemães não querem comprar pelos altos preços correntes, e os mercadores venezianos não querem baixar os preços [...] E na verdade são as trocas tão poucas como se não poderia prever.
            DIÁRIO DUM MERCADOR VENEZIANO, 1508.

O quadro descrito nesse texto pode ser relacionado à
a) comercialização das drogas do sertão e produtos tropicais da colônia do Brasil.
b) distribuição, na Europa, da produção açucareira do Nordeste brasileiro.
c) importação pelos portugueses das especiarias das Índias Orientais.
d) participação dos portugueses no tráfico de escravos da Guiné e de Moçambique.


16. (Fuvest) Durante o século XVI, a Europa conheceu um processo inflacionário profundamente perturbador - conhecido como "revolução dos preços"- que provocou uma acentuada transferência de renda entre os grupos sociais e, até mesmo, entre países. Esse processo foi causado:
a) pela consolidação dos Estados Absolutistas que mantinham Cortes e gastos extraordinários.
b) pelas guerras de religião que obrigaram os Estados a constituir exércitos poderosos e caros.
c) pela abertura das rotas de comércio marítimo com a Ásia, inundando a Europa com especiarias e produtos de todo tipo.
d) pela chegada, em grande quantidade, de prata e ouro da América espanhola.
e) pelas guerras entre as monarquias mais poderosas para conquistar a Itália e manter a hegemonia na Europa.

17. (Pucsp) "Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram sem casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem, quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu.
Mas nele é que espelhou o céu."

            (Fernando Pessoa, MAR PORTUGUÊS. Rio de Janeiro, José Aguilar, 1960.)

O poema de Fernando Pessoa se refere à conquista dos mares pelos portugueses, o início da era moderna. Se os resultados finais mais conhecidos dessas "Grandes Navegações" foram a abertura de novas rotas comerciais em direção à Índia, a conquista de novas terras e o espalhamento da cultura européia, alguns dos elementos desse contexto histórico cuja articulação auxilia na compreensão das origens dessa expansão marítima são:
a) o avanço das técnicas de navegação; a busca do mítico paraíso terrestre; a percepção do universo segundo uma ordem racional.
b) o mito do abismo do mar; a desmonetarização da economia; a vontade de enriquecimento rápido.
c) a busca de ouro para as Cruzadas; a descentralização monárquica; o desenvolvimento da matemática.
d) a demanda de especiarias; a aliança com as cidades italianas; a ânsia de expandir o cristianismo.
e) o anseio de crescimento mercantil; os relatos de viajantes medievais; a conquista de Portugal pelos mouros.

18. (Fuvest) Na última década do século XVI, Walter Raleigh publicou um livro intitulado A DESCOBERTA DA GUIANA, no qual se referiu aos homens sem cabeça (ver ilustração) que lá viviam.  Embora não os tivesse encontrado, tinha certeza de que existiam, porque "todas as crianças das províncias de Orramaia e Canuri afirmam o mesmo".
Essa é uma das descrições de monstros do Novo Mundo feita por um europeu do século XVI.  Aliás, a grande maioria dos navegadores da época dos descobrimentos relatou a existência de monstros na África, Ásia e América.
A constante presença dessas figuras nos relatos é indicativa:
a) da visão de mundo da sociedade européia da época, que mantinha a visão medieval sobre a existência das maravilhas do mundo e ainda não havia adotado a observação efetivamente científica da cultura e da natureza.
b) da crença renascentista de que à "humanidade" dos europeus correspondia a bestialidade dos povos do Novo Mundo, que estariam evoluindo de animais para seres humanos.
c) da permanência cultural da mitologia antiga na Europa (principalmente a mitologia nórdica), que retratava os habitantes nativos das terras do Atlântico, Pacífico e Índico como monstros.
d) da convicção generalizada de que todos os não-europeus eram descendentes de Caim e portanto tinham uma anatomia monstruosa.
e) de uma mitologia nova que se formou na Europa Renascentista, resultante das alucinações sofridas por todos os navegadores diante da tensão provocada pelo desconhecido.

19. (Unesp) A transição gradativa do Mundo Medieval para o Mundo Moderno dependeu da conjugação de inúmeros fatores, europeus e extra-europeus, que ganharam dimensões e características novas. A inserção do Mundo não-europeu no contexto do colonialismo mercantilista, inaugurado pelos grandes descobrimentos, contribuiu para:
a) a aceitação, sem resistência, da tutela cultural que o europeu pretendeu exercer sobre os povos da África e da Ásia.
b) acarretar profunda contenção na expansão civilizatória do Mundo Pré-Colombiano.
c) o indígena demonstrar sua inadaptabilidade racial para o trabalho.
d) que o tráfico negreiro, operação comercial rentável, fosse determinado pela apatia e preguiça do ameríndio.
e) a montagem de modelo político-administrativo caracterizado pela não intervenção do Estado Absoluto na vida das colônias.

20. (Fuvest) No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na Europa. Todavia "em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (...)"
                        (Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág.180)

Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal concluímos que:
a) a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade econômica interna.
b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da produtividade agrícola, diminuição da mão-de-obra, falta de investimentos industriais, afetando a economia nacional.
c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do século XV, empobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais.
d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao escoamento dos lucros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em Portugal.
e) o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Veneza como o principal centro redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo o século XVI.

21. (Cesgranrio) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como desdobramento da expansão mercantil européia da época moderna:
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses da política mercantilista européia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da economia colonial.

22. (Faap) Uma destas datas está errada:
a) 1212 - Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança
b) 1492 - Colombo chegou ao continente americano
c) 1494 - Assinatura do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha
d) 1513 - Balboa descobriu o Oceano Pacífico
e) 1532 - São Vicente foi fundada por Martin Afonso de Sousa

23. (Faap) Leia o mapa da expansão marítima européia:
O traço contínuo indica a viagem de:
a) Pedro Álvares Cabral
b) Vasco da Gama
c) Bartolomeu Dias
d) Cristóvão Colombo
e) Gil Eanes

24. (Faap) Leia o mapa da expansão marítima européia:


Os traços --------------- indicam a viagem de:
a) Pedro Álvares Cabral
b) Vasco da Gama
c) Bartolomeu Dias
d) Cristóvão Colombo
e) Gil Eanes
25. (Faap) Leia o mapa da expansão marítima européia:



Os pontos ............... indicam a viagem de:
a) Pedro Álvares Cabral
b) Vasco da Gama
c) Bartolomeu Dias
d) Cristóvão Colombo
e) Gil Eanes

26. (Faap) "Os Lusíadas" de Camões, publicado em 1572, narra a viagem do herói português, representada graficamente assim:
a) __________
b) ---------------
c) .....................
d) --------------- e .......................
e) __________ ; ---------------; .......................

27. (Ufpe) A chegada dos portugueses à Índia alarmava os venezianos que então dominavam o comércio das especiarias, pelo Mediterrâneo.
Com relação ao período expansionista dos estados nacionais europeus, assinale a alternativa incorreta:
a) Os esforços da Escola de Sagres foram, em parte, responsáveis pela utilização do astrolábio, entre outros instrumentos de navegação, e pelas viagens de expansão ultramarina portuguesa.
b) A centralização do poder e a formação dos estados nacionais europeus têm uma estreita relação com o desenvolvimento econômico comercial.
c) Os reis limitavam o poder da Igreja em seus territórios, pois atribuíam-se o direito de investidura dos bispos, sem consultar o papa.
d) Os reis borgonheses conseguiram muito tarde a centralização política do reino devido às lutas constantes contra os árabes.
e) A burguesia portuguesa desenvolveu suas atividades em cidades litorâneas em função da pesca e depois do comércio entre o Mediterrâneo e o Mar do Norte.

28. (Fuvest) "Esta palavra já não pode ter o sentido original.  No âmbito de uma História total, significa (e não pode significar outra coisa) a promoção do Ocidente numa época em que a civilização da Europa ultrapassou, de modo decisivo, as civilizações que lhe eram paralelas. No tempo das primeiras Cruzadas, a técnica e a cultura de árabes e chineses igualavam, e suplantavam até, a técnica e a cultura dos ocidentais. Em 1600 já não era assim."
            (Jean Delumeau)
           
A palavra a que se refere o autor e que designa um importante fenômeno histórico é
a) Descobrimentos.
b) Capitalismo.
c) Renascimento.
d) Iluminismo.
e) Absolutismo.

29. (Mackenzie) As razões do pioneirismo português na Expansão Marítima dos séculos XV e XVI foram:
a) a invasão da Península Ibérica pelos árabes e a conquista de Calicute pelos turcos.
b) a assinatura do Tratado de Tordesilhas por Portugal e pelos demais países europeus.
c) um Estado Liberal centralizado, voltado para a acumulação de novos mercados consumidores.
d) As guerras religiosas, a descentralização política do Estado e o fortalecimento dos laços servis.
e) uma monarquia centralizada, interessada no comércio de especiarias.

30. (Fatec) "Popular e patriótica, a sublevação de 1363 despertaria as tensões mais profundas da sociedade portuguesa, na luta que se seguiu.  De um lado, enfileiravam-se as tropas de Castela e dos senhorios mais poderosos.  De outro, a burguesia mercantil, a pequena nobreza militar, o populacho das cidades e a 'arraia-miúda' dos campos. Os camponeses atacavam e saqueavam os castelos, vingando-se da prepotência fidalga e da miséria.  Mas a decisão da luta estaria nas mãos dos ricos burgueses de Lisboa e do Porto. Estimulados por Álvaro Pais, estes abriram seus cofres: a decisão de quase dois anos de lutas, no campo de batalha, dependia muito de dinheiro para armar os seguidores do Mestre de Avis de fundos, para contratar arqueiros ingleses que enfrentassem a poderosa cavalaria castelhana.  Durante o ano de 1384, as forças do 'Mestre', aclamado 'Defensor e Regedor do Reino', alcançaram inúmeras vitórias, apesar de atacadas por terra e por mar."
            (MENDES Jr., Antônio, Brasil - texto e consulta.  São Paulo, Brasiliense, s.d. v. 1, p. 47.)

A Revolução de Avis (1383/85), tratada no texto acima, possibilitou que Portugal tivesse uma posição pioneira na expansão marítima, em virtude:
a) do domínio lusitano sobre as rotas que ligavam o mar Mediterrâneo aos centros comerciais do Mar do Norte.
b) da influência que a burguesia mercantil passou a ter junto ao poder central.
c) da política seguida por D. Fernando, o Formoso, apoiando as expedições marítimas.
d) da liberalização do processo político, como forma de superar a crise feudal.
e) da perda de controle, pelo Estado centralizado, do capitalismo comercial.

31. (Cesgranrio) Foram inúmeras as conseqüências da expansão ultramarina dos europeus, gerando uma radical transformação no panorama da história da humanidade.
Sobressai como UMA importante conseqüência:
a) a constituição de impérios coloniais embasados pelo espírito mercantil.
b) a manutenção do eixo econômico do Mar Mediterrâneo com acesso fácil ao Oceano Atlântico.
c) a dependência do comércio com o Oriente, fornecedor de produtos de luxo como sândalo, porcelanas e pedras preciosas.
d) o pioneirismo de Portugal, explicado pela posição geográfica favorável.
e) a manutenção dos níveis de afluxo de metais preciosos para a Europa.

32. (Ufrs) O processo de formação do Estado Nacional na Península Ibérica está diretamente ligado à Reconquista, que significou
a) cobrança de impostos efetivada pelas casas reinantes aos invasores turcos.
b) formação de exércitos nacionais para enfrentar o particularismo feudal.
c) luta dos cristãos para recuperar os territórios ocupados pelos muçulmanos.
d) confisco dos bens da Igreja para aumentar o poder feudal.
e) ocupação de territórios invadidos por proprietários rurais e pela burguesia comercial urbana.

33. (Unirio) Ao longo dos séculos XV e XVI desenvolveram-se na Europa as Grandes Navegações, que lançaram algumas nações à descoberta de novas terras e continentes. A expansão ultramarina acarretou o(a):
a) fortalecimento do comércio mediterrâneo e das rotas terrestres para o oriente.
b) fim dos monopólios reais na exploração de diversas atividades econômicas, tais como o sal e o diamante.
c) declínio das monarquias nacionais apoiadas por segmentos citadinos burgueses.
d) superação dos entraves medievais com o desenvolvimento da economia mercantil.
e) consolidação política e econômica da nobreza provincial ligada aos senhorios e à propriedade fundiária.

34. (Mackenzie)            "Valeu a pena? Tudo vale a pena
              Se a alma não é pequena.
              Quem quer passar além do Bojador
              Tem que passar além da dor.
              Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
              Mas nele é que espelhou o céu".
            (Fernando Pessoa)

O significado de "passar além do Bojador", nas primeiras décadas do século XV, é:
a) ultrapassar a "barreira" que, segundo a tradição grega, era o limite máximo para navegar sem o perigo de ser atacado por monstros marinhos, permitindo aos navegantes portugueses atingir a Costa da Guiné.
b) Conquistar Ceuta e encontrar o "Eldorado", lendária terra repleta de prazeres e riquezas, superando os mitos vinculados ao longo da Idade Média.
c) Conquistar a cidade africana de Calicute, importante feitoria espanhola responsável por abastecer o mercado oriental de produtos de luxo.
d) Suportar o escaldante sol equatorial, as constantes tempestades  marítimas e o "mar tenebroso" das ilhas da América Central.
e) "Dobrar" o Cabo da Boa Esperança, por Vasco da Gama, aventura marítima coberta de mitos e lendas sobre a existência do "Paraíso" ou "Éden".

35. (Unesp) "A conquista de Ceuta foi o primeiro passo na execução de um vasto plano, a um tempo religioso, político e econômico. A posição de Ceuta facilitava a repressão da pirataria mourisca nos mares vizinhos; e sua posse, seguida de outras áreas marroquinas, permitiria aos portugueses desafiar os ataques muçulmanos à cristandade da Península Ibérica."

            (João Lúcio de Azevedo. "Época de Portugal econômico: esboços históricos".)

De acordo com o texto, é correto interpretar que:
a) a expansão marítima portuguesa teve como objetivo expulsar os muçulmanos da Península Ibérica.
b) a influência do poder econômico marroquino foi decisiva para o desenvolvimento das navegações portuguesas.
c) o domínio dos portugueses sobre Ceuta era parte de um vasto plano para expulsar os muçulmanos do comércio africano e indiano.
d) a expansão marítima ibérica visava cristianizar o mundo muçulmano para dominar as rotas comerciais africanas.
e) o domínio de territórios ao norte da África foi uma etapa fundamental para a expansão comercial e religiosa de Portugal.

36. (Unb) Julgue os itens que se seguem, relativos às modificações operadas na Europa Ocidental e, particularmente, em Portugal, no início da Idade Moderna.

(1) A expansão agrícola foi possível graças à abertura de novas regiões cultivadas, com a derrubada de florestas, a secagem de pântanos e o incentivo da expansão comercial.
(2) Múltiplos fatores - a experiência acumulada no comércio de longa distância, o papel do Infante Dom Henrique e de sua lendária Escola de Sagres, a atração pelo mar, o interesse das novas classes sociais e os elementos internos da história política portuguesa - explicam o pioneirismo luso na expansão ultramarina.
(3) O desenvolvimento das técnicas de navegação - como o aperfeiçoamento do astrolábio, do quadrante e de uma nova arquitetura naval que levaria à construção da caravela - é fator relevante para a compreensão da expansão marítima e comercial portuguesa.
(4) A ocupação das costas africanas e das ilhas do Atlântico pelos portugueses alicerçou incursões mais ao Ocidente e a chegada destes ao Brasil.

37. (Unb) "Estamos presenciando o início do terceiro ciclo do processo de globalização. O primeiro ciclo se iniciou com as descobertas de Vasco da Gama e Colombo, abrindo um período de expansão mercantilista da Europa. O segundo ciclo correspondeu ao desenvolvimento da Revolução Industrial, que conduziria ao desigual intercâmbio entre produtos manufaturados da Europa e produtos primários dos demais países. O terceiro e atual ciclo corresponde à revolução tecnológica de meados deste século e está conduzindo ao assimétrico relacionamento entre países de alta e de baixa competitividade".
            (Hélio Jaguaribe. JORNAL DO BRASIL, 28/8/97.)

Com o auxílio das informações do texto, julgue os itens que se seguem, referentes ao processo histórico de internacionalização da economia.

(1) A expansão marítimo-comercial dos séculos XV e XVI, liderada pelos países ibéricos, abriu novas perspectivas à exploração econômica européia, quer ativando áreas de contato no Oriente, quer incorporando a América, recém-descoberta.
(2) A Revolução Industrial, iniciada pela Inglaterra na segunda metade do século XVIII, consolidou o capitalismo como sistema dominante, impulsionando sua universalização.
(3) Um ponto em comum entre os três ciclos do processo de internacionalização da economia é a tendência à superação das desigualdades entre áreas centrais e periféricas.
(4) No estágio atual de uma economia altamente globalizada, as precárias condições de competitividade apresentadas por muitos países são compensadas pela inexistência de barreiras protecionistas por parte dos países tecnologicamente mais avançados.

38. (Pucpr) "Os navegadores dos séculos XV e XVI deixaram o Mundo menor e o Homem maior".
Analise o mapa abaixo e relacione os roteiros com seus respectivos navegadores.
a) 1 - Pedro Álvares Cabral (1500)
     2 - Bartolomeu Dias (1487)

b) 2 - Pedro de Covilhã (1487)
     3 - Fernão de Magalhães (1519)

c) 1 - Vasco da Gama (1498)
     2 - Pedro Álvares Cabral (1487)

d) 1 - Fernão de Magalhães (1519)
     3 - Américo Vespúccio (1519)

e) 2 - Américo Vespúccio (1492)
     4 - Cristóvão Colombo (1492)

39. (Uerj) O mundo conhecido pelos europeus no século XV abrangia apenas os territórios ao redor do Mediterrâneo. Foram as navegações dos séculos XV e XVI que revelaram ao Velho Mundo a existência de outros continentes e povos.
Um dos objetos dos europeus, ao entrarem em comunicação com esses povos, era a:
a) busca de metais preciosos, para satisfazer uma Europa em crise
b) procura de escravos, para atender à lavoura açucareira nos países ibéricos
c) ampliação de mercados consumidores, para desafogar o mercado saturado
d) expansão da fé cristã, para combater os infiéis convertidos ao protestantismo


40. (Fatec) Considere as seguintes afirmações.

I. Com a descoberta do caminho para as Índias, contornando a África, Portugal passou a dominar o comércio de especiarias, beneficiando a burguesia.
II. Enquanto os portugueses exploravam a costa africana e descobriam o caminho para as Índias, os espanhóis, na audaciosa viagem de Colombo, tinham por objetivo atingir a China através do Atlântico.
III. O plano de Cristóvão Colombo para atingir as Índias consistia em chegar a oeste viajando no sentido leste.
IV. Entre 1497 e 1498, Vasco da Gama completou a epopéia marítima portuguesa, aportando em Calicute, nas Índias.

Dessas afirmações,
a) somente uma está correta.
b) somente duas estão corretas.
c) somente três estão corretas.
d) todas estão corretas.
e) nenhuma está correta.

41. (Unirio) Inúmeros escritores e poetas portugueses retrataram o imaginário que acompanhou o homem ibérico na sua aventura pelos mares nunca dantes navegados. Temores e fantasias não o impediram de se lançar às águas do mar Oceano, arriscando-se em busca, principalmente, de:
a) novos caminhos para o Oriente, novos mercados, metais preciosos e propagar a fé cristã.
b) escravos africanos, cana-de-açúcar, metais preciosos e catequizar os indígenas.
c) escravos e ouro, desvendar os segredos dos mares e descobrir correntes marítimas desconhecidas.
d) ouro e marfim, expandir o protestantismo e romper o monopólio árabe-veneziano no Mediterrâneo.
e) pau-brasil, testar os novos conhecimentos náuticos e conhecer novas rotas.

42. (Uff) No ano de 1998 comemoraram-se os quinhentos anos da chegada de Vasco da Gama às Índias, fato considerado como um dos marcos das grandes navegações e descobrimentos que antecederam a descoberta e a colonização do "Novo Mundo".
Assinale a opção que revela uma característica da colonização espanhola na América.
a) Criação de Universidades por toda a área de colonização com o propósito de ilustrar as elites indígenas americanas para consolidar o domínio colonial.
b) Redirecionamento da política colonial no Novo Mundo tendo como fato determinante o florescimento do comércio com as Índias.
c) Exploração da mão-de-obra negra escrava por meio de instituições como o "repartimiento" com o objetivo de atender às demandas de produtos primários da Europa.
d) Divisão do território ocupado em sesmariais com o intuito de extrair maior volume de prata e ouro do subsolo.
e) Fundação de uma rede de cidades estendida por toda a área ocupada, formando a espinha dorsal do sistema administrativo e militar.

43. (Pucmg) O expansionismo marítimo europeu, nos séculos XV-XVI, gerou uma autêntica "Revolução Comercial", caracterizada por, EXCETO:
a) incorporação de áreas do continente americano e africano às rotas tradicionais do comércio.
b) ascensão das potências mercantis atlânticas, como Portugal e Espanha.
c) afluxo de metais preciosos da América para o Oriente, resultante do escambo de mercadorias.
d) deslocamento parcial do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico.
e) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos.

44. (Pucmg) Os descobrimentos dos Tempos Modernos constituíram-se num desdobramento da Expansão Ultramarina. Nesse contexto, a América era, EXCETO:
a) o filho esperado que permitia aos ibéricos formalizar seus sonhos.
b) propriedade dos reis ibéricos, por direito divino, antes mesmo de ser descoberta.
c) uma oportunidade para os ibéricos transplantarem seus valores culturais.
d) um desafio para os ibéricos transformarem as suas visões imagéticas em realidade.
e) o Paraíso que se identificava com os valores de igualdade e liberdade dos ibéricos.

45. (Pucmg) Em fins da Idade Média, difícil seria imaginar que os mareantes portugueses e espanhóis, nas viagens de exploração pelo mundo, pudessem contribuir para a formação do capitalismo porque, EXCETO:
a) os investimentos nas expedições marítimas eram elevados e de alto risco.
b) a arte de navegação era precária e sofria a influência das interpretações proféticas sobre os oceanos.
c) as informações sobre a existência de outras civilizações eram confusas e fantasiosas.
d) os tripulantes eram supersticiosos transformando qualquer sinal que surgia em maus presságios.
e) os ibéricos vinham sofrendo sucessivas derrotas na luta contra os muçulmanos pela posse da península.

46. (Fei) O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins da Idade Média. A Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupado pelos mouros "andou atrás" de Portugal. Podemos afirmar que foram fatores decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas EXCETO:
a) o processo de centralização política e administrativa precoce do país, a partir da Revolução de Aviz
b) a presença de uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais, propiciou o capital necessário à empreitada expansionista
c) a formação de quadros preparados para as grandes aventuras marítimas na Escola de Sagres
d) o contato e o aproveitamento da cultura moura por parte dos portugueses
e) o incentivo governamental à expansão

47. (Ufes)



a EXPO'98, Portugal comemorou os 500 anos da descoberta de uma rota marítima para as Índias, que se deu graças ao domínio de novos conhecimentos náuticos. Contribuiu para isso a
a) decadência da política mercantilista e a adoção de uma diretriz industrialista que facilitaram a fabricação, em larga escala, de instrumentos náuticos.
b) descentralização do poder e a derrubada do domínio dos castelhanos em Portugal, fato que atrasava o desenvolvimento náutico do país.
c) participação da nobreza, que reprimiu A Revolução de Avis e impediu a ascensão do grupo mercantil ao poder, pois os burgueses não reconheciam a tradição naval de Portugal.
d) expansão que Portugal viabilizou, graças aos investimentos da Inglaterra interessada na obtenção de matérias-primas para sua indústria.
e) criação de um centro de reunião de navegantes em Sagres, que foi responsável pela introdução de novas técnicas de navegação.

48. (Uece) A descoberta de novas terras por navegadores portugueses e espanhóis alimentou a imaginação dos europeus e fomentou uma visão paradisíaca do novo mundo. Com respeito a esta "visão do paraíso" nos trópicos, é correto afirmar:
a) os europeus esperavam encontrar monstros e outras entidades mitológicas, o que se confirmou na presença de animais pré-históricos e seres humanos estranhos.
b) os temores com relação ao inesperado levavam muitas vezes os europeus a demonstrar uma violência desumana contra os nativos do chamado Novo Mundo.
c) as descrições dos novos territórios, com suas florestas exuberantes e seus pássaros exóticos, vinham confirmar as expectativas de descoberta do Paraíso na Terra.
d) o encontro com seres de uma nova cultura, em um ambiente natural diferente, criou um clima propício ao entendimento mútuo e ao respeito pela vida humana, como era pregado pelos religiosos europeus.


49. (Ufsm) O ano de 1998 marca os quinhentos anos do Descobrimento do Brasil, pois, "Em 1498, D. Manuel ordenava que Duarte Pacheco Pereira navegasse pelo Mar Oceano, a partir das ilhas de Cabo Verde até o limite de 370 léguas [estipuladas pelo Tratado de Tordesilhas]. É esta a primeira viagem, efetivamente conhecida pelos portugueses, às costas do litoral norte do Brasil"
            (FRANZEN, Beatriz. A presença portuguesa no Brasil antes de 1500. In: ESTUDOS LEOPOLDENSES. São Leopoldo: Unisinos, 1997. p. 95.).

Esse fato fez parte
a) da expansão marítimo-comercial européia, que deslocou o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico.
b) da expansão capitalista portuguesa, em sua fase mercantil-colonial plenamente consolidada no Brasil.
c) do avanço marítimo português, tendo Duarte Pacheco Pereira papel relevante na espionagem e pirataria no Atlântico.
d) do processo de instalação de feitorias no Brasil, pois Duarte Pacheco Pereira instalou a primeira feitoria, ou seja, São Luiz do Maranhão.
e) das expedições exploradas do litoral brasileiro, cujo papel de reconhecimento econômico e geográfico coube a Duarte Pacheco Pereira.

50. (Ufsc) Américo Vespúcio, em Carta enviada de Lisboa a Lorenzo di Pier Francesco de Medici, em setembro de 1502, refere-se aos habitantes da América com os seguintes termos:
Não têm lei, nem fé nenhuma, e vivem segundo a natureza. Não conhecem a imortalidade da Alma, não têm entre eles bens próprios, porque tudo é comum; não tem limites de reinos, e de províncias; não têm rei; não obedecem a ninguém, cada um é senhor  de si; nem favor, nem graça a qual não lhes é necessária, porque não reina entre eles a cobiça; moram em comum em casas feitas à moda de cabanas muito grandes, e para gente que não têm ferro, nem outro metal qualquer, se pode dizer as suas cabanas, ou casas maravilhosas, porque eu vi casas que são longas duzentos e vinte passos, e larguras 30, e habilmente fabricadas, e numa destas casas estavam quinhentas ou seiscentas almas. [...] As suas comidas raízes de ervas e frutas muito boas, inúmeros peixes, grande abundância de mariscos; e caranguejos, ostras, lagostas, e camarões, e muitas outras coisas, que produz o mar.

Com base nos fragmentos mencionados da Carta de Américo Vespúcio, marque a(s) proposição(ões) CORRETA(S) acerca dos habitantes na América:

01. dominavam técnicas de construção que lhes permitia erguer grandes cabanas, sem a utilização de estruturas de metal.
02. não possuíam bens materiais, nem conheciam limites territoriais.
04. residiam em choupanas de palha e madeira, nas quais as condições higiênicas eram precárias.
08. viviam como animais, impulsionados pela cobiça e preocupados apenas com a sobrevivência individual.
16. passavam dificuldades econômicas, pois eram precários os recursos alimentares oferecidos pela natureza.
32. dispunham com fartura de vários tipos de alimentos de origem vegetal e animal.


GABARITO

1. [A]

2. [D]

3. V V V F V

4. [D]

5. 02 + 04 + 08 + 16 + 32 = 62

6. [A]

7. [A]

8. [A]

9. [A]

10. [A]

11. [A]

12. [A]

13. [D]

14. [D]

15. [C]

16. [D]

17. [A]

18. [A]

19. [B]

20. [B]

21. [C]

22. [A]

23. [B]

24. [A]

25. [C]

26. [A]

27. [D]

28. [C]

29. [E]

30. [B]

31. [A]

32. [C]

33. [D]

34. [A]

35. [E]

36. V V V V

37. V V F F

38. [A]

39. [A]

40. [C]

41. [A]

42. [E]

43. [C]

44. [E]

45. [E]

46. [B]

47. [E]

48. [C]

49. [A]

50. 01 + 02 + 32 = 35